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PMSP/SMC/DPH
São Paulo, julho/outubro de 2009
Ano 5 N.25-26 

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  • ESTUDOS & PESQUISAS II

  • Estudos & Pesquisas II


    Antônio Bernardo Quartim, “arquiteto” ou “engenheiro construtor”?

    A respeito das obras públicas realizadas por Antônio Bernardo Quartim ocorre-nos perguntar: seria ele o projetista das obras que dirigia, ou limitava-se a concretizar riscos alheios, que acabavam irremediavelmente deturpados no momento da execução?

    Sabe-se documentalmente que, quando o governo pretendeu pela primeira vez erguer o teatro provincial (1852), a respectiva planta foi traçada por Henrique de Beaurepaire-Rohan (1812-1894), engenheiro militar niteroiense a serviço da província paulista1. Por falta de recursos a iniciativa não foi adiante. Mais tarde, em 1854, contratou-se Quartim para construir o novo teatro no mesmo lugar do antigo (Largo de Palácio), para o que apresentou plano cuja autoria era do engenheiro José Porfírio de Lima2. Com as transferências sucessivas de local para a construção do novo teatro, este profissional acabou, ao que parece, fornecendo ao empreiteiro Quartim mais dois planos, entre 1854 e 1855: um para o terreno do Barracão do Carmo e outro para um terreno sito no Largo de São Francisco3 (fig.1).

    Teatro Provincial
    Fig.1 - Planta de localização do Teatro Provincial
    no Largo de São Francisco.

    Projeto não realizado de autoria do arquiteto medidor
    alferes José Porfírio de Lima, datado de 1855.

    Fonte: SÃO PAULO (Estado). Assembléia Legislativa. São Paulo; a imperial cidade e a Assembléia Legislativa Provincial. São Paulo: Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, 2005. 139 p.


    Presidente José Antônio Saraiva, déc.1850
    Fig.2- Presidente José Antônio Saraiva.
    Gravura de autor não identificado. Década de 1850.

    Fonte: http://3.bp.blogspot.com


    Este último projeto foi enviado então pelo presidente da Província José Antônio Saraiva (1823-1895) (fig.2) ao Rio de Janeiro para ser submetido à opinião de “pessoas entendidas” aí estabelecidas. Muito provavelmente, o projeto do teatro paulista foi submetido ao ilustre arquiteto Manuel de Araújo Porto Alegre (1806-1879), então diretor da Academia das Belas-Artes (fig.3). Uma vez reprovada, a proposta de Porfírio foi consequentemente recusada pelo governo provincial4.

    Presidente José Antônio Saraiva, déc.1850
    Fig.3 – Arquiteto, pintor e literato Manuel Araújo Porto Alegre, então Barão de Santo Ângelo.
    Litografia assinada por Augusto Off, datada de 1877.

    Fonte: MUSEU Nacional de Belas Artes. São Paulo: Banco Safra, 1985.


    E quando finalmente se assinou o contrato definitivo para a ereção do teatro em fevereiro de 1858, a ser executado num lote situado no Largo de São Gonçalo, Quartim teve de apresentar nova planta, que sabemos haver sido aprovada e rubricada por Porto Alegre, já então ex-diretor da academia carioca5. Este último risco foi muito provavelmente idealizado pelo engenheiro paulistano Francisco Antônio de Oliveira, profissional desta feita escolhido por Quartim para auxiliá-lo na direção das obras. O nome desse engenheiro aparece no minucioso auto de fundação do teatro, impresso para comemorar o lançamento da pedra fundamental do prédio, mas não na condição de autor da planta, e sim na de simples “Engenheiro por parte do Empresario”6. A construção do prédio foi arrastada e cheia de incidentes, e o teatro deixado inacabado. Após o afastamento de Oliveira, de acordo com o relatório assinado por Quartim e encaminhado à presidência da Província em 1862, o empreiteiro criou um salão de pintura [de telões] no desvão do telhado e comprometeu-se a erguer platibandas, detalhes decerto não previstos inicialmente7.

    Em fins de 1862, Quartim assumiu a reconstrução da ala presidencial do palácio do governo. Em nenhum documento concernente a essa obra é mencionado o nome do autor da traça dessa parte do palácio que, tal como o teatro provincial, era de estilo neoclássico8 (figs. 4 e 5). Bem poderia Quartim tê-la erguido à maneira dos mestres de obras como aventamos antes, sem ter planta alguma a dar-lhe orientação. Porém é de nosso conhecimento que, anteriormente aos trabalhos iniciados por Quartim, um obscuro engenheiro civil a serviço da Província, certamente oriundo da Corte, andou por incumbência do presidente de então (1860), promovendo obras no lanço do palácio que ia da igreja à sala de jantar (ala residencial, situada na parte posterior do palácio). Pouco antes, o presidente enviara ao Ministério dos Negócios do Império três orçamentos referentes a obras no palácio do governo: um atendendo a consertos no telhado, outro às obras de segurança e asseio “para a parte habitada pelo Presidente” e o terceiro abrangendo todo o edifício9. Não é improvável a hipótese de que o citado engenheiro haja preparado os tais orçamentos e os respectivos riscos, nos quais se teria baseado para efetuar os cálculos dos custos. A prevalecer esta versão, o nome do autor da ala neoclássica seria Frederico Belmont Brockenhaus10. Ademais, sabemos também que o engenheiro Porfírio de Lima, em 1861, e ainda o engenheiro Francisco Gonçalves Gomide, em novembro de 1862, realizaram obras no palácio11 e que tudo isso, mesmo assim, não exclui a possibilidade de ter Quartim introduzido modificações nos supostos planos existentes e resolvido certos pormenores construtivos e arquitetônicos a seu modo, já que os riscos eram de hábito bastante sumários. Em geral, eram feitas apenas plantas dos edifícios, sem cortes, detalhes ou mesmo elevações.

    Várzea do Carmo, 1862
    Fig.4- Imagem da Várzea do Carmo em foto de autoria de
    Militão Augusto de Azevedo, datada de c. 1862.

    Curioso registro iconográfico que, dentro do círculo vermelho por nós assinalado, testemunha a demolição da ala posterior do colégio jesuítico, datada do século XVII, para dar lugar ao erguimento da ala neoclássica. Na parte posterior do antigo convento, na fachada voltada para a várzea, só restavam então sete aberturas no pavimento superior, sendo uma delas encoberta pela vegetação circundante. No térreo, ao que parece, todas as aberturas já se achavam despojadas das respectivas esquadrias.

    A região em primeiro plano da foto, ocupada por alimárias e lavadeiras, corresponde ao local ocupado pela futura Ilha dos Amores, criada no tempo de João Teodoro.

    Fonte: TOLEDO, Benedito Lima. São Paulo três cidades em um século. São Paulo, Duas Cidades, 1981.


    Palácio da Presidência, 1887
    Fig.5- Vista posterior do Palácio da Presidência com sua ala neoclássica, à direita. Imagem da Várzea do Carmo, datada de c. 1887, de autoria atribuída a Militão Augusto de Azevedo.

    Fonte: TOLEDO, Benedito Lima. São Paulo três cidades em um século. São Paulo, Duas Cidades, 1981.


    No caso do “mercado de verdura” desconfiamos também haver sido relegado para a obscuridade a figura do engenheiro que, de fato, imaginou a planta inicial dessa edificação. Como vimos antes, a ideia de construção de um mercado de hortaliças surgiu no seio da Câmara Municipal de São Paulo12; por não dispor de recursos nos cofres municipais procurou-se o auxílio do governo provincial13. Este, no final de janeiro de 1874, comunicou estar disposto a construir um edifício que abrigasse conjuntamente o mercado municipal e repartições provinciais. A Municipalidade aceitou a oferta e, de acordo com a proposta feita, comprometeu-se a conceder gratuitamente os terrenos municipais onde se ergueria grande parte do novo edifício. Com a resposta, remeteram-se as bases e a planta pelas quais havia assumido a Câmara a almejada construção, a fim de que por elas se fizesse o contrato a ser assinado pelas partes interessadas14.

    Em nossa opinião pode muito bem ter sido executada essa planta pelo Dr. Carlos Rath (c.1801-1876), que era o engenheiro a serviço da Câmara naquele ano de 1873, ano em que foram anunciadas pela Edilidade as bases para o contrato da edificação da nova praça de mercado15. A nossa suspeita acerca desse assunto sai reforçada ao repararmos que desde o início já estava perfeitamente definido o partido da futura construção: teria dois pavimentos e arcadas no térreo16. O que caberia à Província era tão-somente a reorganização do primeiro andar para adaptá-lo às instalações da Escola Normal e do Tesouro Provincial. É possível que dessas adaptações haja sido encarregado o próprio Quartim, pois em um artigo de jornal intitulado O capitão Quartim ou o popular A.B.Q., em scena os dois advogados que haviam defendido a causa de D. Rita Bourroul contra a Província, dado o fato de a obra do mercado ter-lhe arruinado a casa, deixavam a compostura e sisudez profissional e ridicularizavam o empreiteiro, nomeando-o “supremo architecto das obras publicas da capital” e responsabilizando-o pela concepção do grande edifício provincial em construção, do qual segundo eles não havia planta alguma:
      É voz publica que o capitão delineou e executa o edifício em questão [edifício da escola normal, praça de verdura, ou o quer que é].

      Já se sabe – planta mental – mesmo porque isto de planta em risco:
      Não se admitte em jardim
      Que administra Quartim
      .17
    Os dois autores desse texto provocativo respondiam ao capitão, que pelos jornais se dizia ofendido com as insinuações a respeito da má qualidade de suas obras. Nos versinhos aludiam eles também às construções que Quartim empreendia no Jardim Público, do qual era administrador, e às quais retornaremos adiante.

    Apenas iniciada a construção do edifício do mercado de verduras e Escola Normal, começaram a chover críticas e ironias na Assembleia. Os deputados da oposição revezavam-se nos sarcasmos: Por um projeto de lei que os deputados oposicionistas apresentaram na sessão legislativa de 1875, tomamos conhecimento de que, na realidade, estavam eles dominados pela inveja, tencionando apossar-se do grande edifício para transformá-lo na sede da Assembleia Provincial. Acabamos descobrindo também o porquê de a construção estar destituída de todo o valor arquitetônico aos olhos dos contemporâneos: ela simplesmente não possuía platibanda! É interessante ouvir a argumentação do deputado Correia para a defesa de um extravagante projeto de lei que pretendia impor a construção do citado elemento arquitetônico a um edifício específico: A seguir vem o teor do projeto n.87: O projeto de lei acima transcrito não foi aprovado porém. Em seu relatório apresentado à Assembleia Provincial no dia 27 de junho de 1875 o novo presidente da Província, Dr. Sebastião Pereira assim ponderou: Na sessão extraordinária da Assembleia iniciada em junho de 1875 foi apresentado outro projeto autorizando o governo a modificar e concluir o edifício em questão. Um substitutivo que acabou transformado em lei (Lei nº 8 de 6 de julho de 1875) autorizou finalmente a mandar fazer os trabalhos mais urgentes, necessários à conclusão das obras começadas, podendo-se modificar os planos existentes, rescindir os contratos em vigor, etc23.

    No relatório com que foi aberta a sessão legislativa de 1876 da Assembleia Provincial assim expôs Sebastião Pereira: Por aí se observa que o presidente Pereira embora aparentando acreditar na probidade de Quartim houve por bem conseguir da Assembleia autorização para reformar o contrato com o empreiteiro, assegurando desse modo os interesses do governo e, em consequência, da coletividade. Além disso, indicou o engenheiro pernambucano Felipe Hermes Fernandes Trigo de Loureiro (c.1841-1879) para fiscalizar o andamento das obras depois de – e aí está o mais importante – mandar reorganizar a planta do edifício. A nosso ver, a intervenção de Trigo de Loureiro não ficou limitada à parte interna da construção. É muito provável que tenha sido este profissional o responsável por conferir ao “barracão” ou "palácio das verduras”, como era pejorativamente chamado pelos deputados, a dignidade arquitetônica de que até então estava desprovido aos olhos dos contemporâneos.

    Palácio da Presidência, 1887
    Fig.6 - Detalhe da planta da cidade de São Paulo, datada de 1877. Nela se observa o desenho da fachada do Palácio do Tesouro, tal como reformado conforme projeto atribuído ao engenheiro provincial Felipe Hermes Fernandes de Trigo de Loureiro.

    Fonte: CAMPOS, Eudes. Arquitetura paulistana sob o Império. 1997. 811 p. Tese (Doutorado) – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo, São Paulo, 1997.   


    Examinando cuidadosamente os três únicos documentos iconográficos subsistentes do Palácio do Tesouro Provincial que fixaram sua aparência entre 1877 e 1891, quando foi de novo totalmente reformado no seu aspecto externo25 (figs. 6 e 7), observamos que a organização das fachadas mostradas neles não poderia ter existido antes da intervenção de Trigo de Loureiro26. Se foi ele o introdutor no edifício das desejadas platibandas, anteriormente inexistentes, só pode ter sido ele também quem criou o antecorpo central coroado com frontão na fachada da Rua das Casinhas, doravante conhecida como Rua do Palácio. As arcadas, por inúteis, foram tapadas; as janelas singelas do primeiro andar, substituídas por portas à francesa com balcões, e dispostas pilastras, provavelmente de ordem jônica, nas fachadas para dar sustentação ao entablamento, conferindo, portanto, uma modenatura clássica ao edifício: esses elementos de composição reforçavam visualmente os ângulos da construção e subdividiam ritmicamente os panos lisos das paredes. O resultado, contudo, não era convincente, havendo certa desproporção entre a altura do pavimento térreo e as aberturas desse nível, resquício das descomunais arcadas de que fora provido o edifício ao ser concebido inicialmente como mercado de verduras. Em 1876, o periódico O Polichinelo, ao criticar os “monumentos” arquitetônicos da cidade erguidos no tempo de João Teodoro (1872-1875), satirizou-o como exemplo de arquitetura indiana. A caricatura consistia numa plataforma suportada por enormes patas de elefante, simbolizando as gigantescas colunas que sustentavam as arcadas do mercado. A esse respeito, lia-se numa das folhas paulistanas:
      Aquellas famosas columnas de tijolo e barro que o sr.dr. João Teodoro mandou levantar com o assombro de estatica e maravilha de architectura, aquellas pernas de elephante que tantas hosannas e tantos hymnos mereceram do Correio Paulistano, foram julgadas ruins e inserviveis e estão sendo escondidas em grossas paredes.27
    Palácio da Presidência, 1902
    Fig.7- Imagem do Palácio do Tesouro depois da reforma neorrenascentista (1891).
    Foto tomada por Guilherme Gaensly por volta de 1902.

    Fonte: SESSO Júnior, Geraldo. Retalhos da velha São Paulo. São Paulo: Gráfica Municipal, 1983.


    Apesar dos senões estéticos, este palácio, depois de remodelado, passou a impressionar muito favoravelmente os paulistanos, e a realização nele do baile de inauguração da ferrovia de São Paulo ao Rio de Janeiro em julho de 1877 é uma eloquente prova desse fato28. Com essa edificação conclui-se, porém, uma fase desastrosa das construções oficiais em São Paulo, havendo sido designado naquele mesmo ano de 1877 o engenheiro francês Eusébio Stevaux (1825-1904) para transformar a antiga Casa de Câmara e Cadeia na sede da Assembleia Provincial e Câmara Municipal, reforma como sabemos inspirada na arquitetura francesa então contemporânea (fig.8 e 9). Stevaux acabou dessa forma guindado à condição de um dos introdutores do Ecletismo na arquitetura oficial paulista29 e isso explica o fato de Junius, entusiasmado, despender várias linhas com esse edifício e simplesmente não se dar ao trabalho de tecer o mais breve comentário acerca da aparência do Palácio do Tesouro, cujo estilo ainda preso a valores do Neoclassicismo deve ter sido visto como ultrapassado e sem apuro pelo sofisticado morador da Corte, conquanto só tivessem passado cerca de cinco anos desde a conclusão desta última obra.

    Assembléia Provincial e Câmara Municipal de São Paulo, 1880
    Fig.8 - Palácio da Assembléia Provincial e Câmara Municipal de São Paulo.
    Reforma (1877-1879) de autoria do engenheiro francês Eusébio Stevaux.
    Foto de Marc Ferrez, tomada em 1880.

    Com a designação de Sebastião José Pereira para a presidência da Província de São Paulo em 1875 e com a nomeação do engenheiro rio-clarense formado e doutorado em Cornell (EUA) Elias Fausto Pacheco Jordão para a direção da repartição de Obras Públicas (1876-1880), surge a figura do engenheiro francês Eusébio Stevaux, se responsabilizando, a partir de 1877, pelas reconstruções e remodelações dos prédios governamentais situados na cidade de São Paulo. Inicia-se assim uma fase de transição que será superada quase dez anos depois com a chegada à Capital do arquiteto Ramos de Azevedo, profissional que liderará a arquitetura paulista durante os próximos 40 anos.

    Fonte: SÃO PAULO (Estado). Assembléia Legislativa. São Paulo; a imperial cidade e a Assembléia Legislativa Provincial. São Paulo: Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, 2005. 139 p.


    Mairie do XIXème arrondissement, 1876-1878
    Fig.9 - Mairie do XIXème arrondissement, situada na Praça Armand-Carrel, em frente à entrada do Parc des Buttes-Chaumont (Paris, França). Construída entre 1876 e 1878 em estilo neorrenascentista flamengo, segundo projeto de Gabriel Davioud (1824-1881) e Jules Bourdais (1835-1915), foi seguramente um dos modelos europeus para a velha Casa de Câmara e Cadeia paulistana reformada por Stevaux.

    Fonte: http://fr.wikipedia.org/wiki/Jules_Bourdais


    Sabe-se ainda por documentos oficiais que o engenheiro Trigo de Loureiro andou projetando chalés e quiosques para o Jardim Público e que uma dessas construções foi executada por Quartim30. Entretanto, no caso do mirante do jardim, constante objeto de remoques por parte dos políticos da oposição e da imprensa humorística da época, talvez devamos ver uma obra de exclusiva responsabilidade do empreiteiro, em virtude de seu aspecto exterior neoclássico bastante grosseiro – a menos que o seu autor tenha sido o engenheiro militar Henrique Luís de Azevedo Marques (?-1880), que construíra a caixa d'água da cidade em 1870, também segundo um tosco Neoclassicismo31 (fig.10).

    Mairie do XIXème arrondissement, 1876-1878
    Fig.10- Caixa d’água da Rua Paranapicaba, em São Paulo. Construída em 1870 pelo engenheiro militar Henrique Luís de Azevedo Marques.
    Bom exemplo do tipo de arquitetura bastante grosseira que era praticada na capital paulista na época em que florescia a carreira de Antônio Bernardo Quartim como empreiteiro de obras públicas.

    Fonte: CAMPOS, Eudes. Arquitetura paulistana sob o Império. 1997. 811 p. Tese (Doutorado) – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo, São Paulo, 1997.


    O Polichinelo teve então a oportunidade de mais uma vez exercer sua verve satírica ao retratar o capitão Antônio Bernardo Quartim agarrado com braços e pernas em torno de seu canudo, querendo com isso dizer quanto era cara essa rude construção ao seu medíocre criador32 (fig.11).

    Concluímos assim que se o capitão Quartim projetava, fazia-o de maneira muito eventual, tendo talvez por isso preferido adotar no final da vida, modestamente, o título de engenheiro construtor ao de arquiteto33.



    Arq. Eudes Campos
    Seção Técnica de Estudos e Pesquisas



    Caricatura de Antônio Bernardo Quartim, 1876

    Fig.11 - Caricatura de Antônio Bernardo Quartim agarrado com braços e pernas ao mirante do Jardim Público.
    Autoria de Nicolau Huascar de Vergara, 1876.

    Fonte: O POLICHINELLO. São Paulo, n.18, 1876.



    Notas
    1. AMARAL, Antônio Barreto. História dos velhos teatros de São Paulo. p. 41 a 77.
      volta

    2. Id., ibid., p.63.
      O-Y ao Z, II. Correio Paulistano. São Paulo, 19 de julho de 1854. p.1:
        Fomos informado que o plano para a construcção do edificio [do teatro provincial], obra de muito gosto, luxo e commodidade, ideado pelo habil engenheiro Sr. Jose Porfirio de Lima, já foi entregue á S.Ex. pelo Sr. Quartim [...].
      volta

    3. AMARAL, op. cit., p.63 a 68.
      ANNAES da Assembléa Legislativa Provincial de S.Paulo, 1855. Reconstituição desde 1835 a 1861. Organizada por Eugênio Egas e Oscar Motta Mello. São Paulo: Sessão de obras d’”O Estado de S. Paulo”; 1927. p.15 a 17 e 112.
      volta

    4. [DISCURSO, 15 de fevereiro de 1855.] In: op.cit. p.375.
      Ibid. p. 112, 217 a 226, 250 e 252.
      A resposta oriunda do Rio de Janeiro condenando a proposta de Porfírio parece ter chegado ao presidente da Província entre 15 de fevereiro de 1855 e 18 de março desse ano, pois em 19 de março já havia na Assembléia emenda ao projeto de lei referente à construção do teatro, para que o edifício fosse erguido conforme a planta que o governo aprovasse, e não conforme a planta de Porfírio, como era expresso originalmente naquele projeto de lei.
      volta

    5. AMARAL, op. cit., p.74 a 76.
      ANNAES da Assembléa Legislativa Provincial de S. Paulo, 1858. Reconstituição desde 1835 a 1861. Organizada por Eugênio Egas e Oscar Motta Mello. São Paulo: Sessão de obras d’”O ESTADO DE SÃO PAULO”; Typ. Rio Branco, 1930. p. 371, 426, 702, 708.
      volta

    6. AMARAL, op. cit., entre p.76 e 77.
      OLIVEIRA, Francisco Antonio de. Informe com que qualidade servi no Theatro de S. José. (Annexo n.3). p.[5]. In: [RELATÓRIO de presidente da província de São Paulo, 24 de abril de 1868.]
      volta

    7. QUARTIM, Antonio Bernardo. Relatorio sobre o Theatro de S. José, 31 de dezembro de 1863. p.[47]-53. In: [DOCUMENTOS que acompanham Relatório de presidente da Província de São Paulo, 2 de fevereiro de 1863].

      Logo em seguida ao lançamento da pedra fundamental do teatro, o plano sofreu acréscimo de uma quarta ordem de camarotes, de acordo com a lei orçamentária n. 637, de 1858, artigo 11. Um ano depois novo artigo de lei dispôs sobre modificações no teatro em construção (art. 40 da lei n. 27 de 1859). Orçaram as obras já feitas e o referido acréscimo o coronel Oliveira e o tenente-coronel Luís José Monteiro. O primeiro, sem dúvida, na qualidade de engenheiro do empresário Quartim. É possível que esses acréscimos e modificações tenham sido supervisionados por Oliveira, que logo depois abandonaria a construção por não estar sendo devidamente ouvido por Quartim. Não se sabe, porém, se o salão no desvão do telhado e as platibandas já estavam previstos a essa altura, ou se foram cogitados por Quartim mais tarde, quando ficou o único responsável pelos trabalhos. As platibandas, aliás, nunca foram construídas; tiveram de esperar a intervenção de 1875-1876. Cf.:

      AMARAL, op. cít., p.79 e 80.

      [DISCURSO, 2 de fevereiro de 1860] In: ANNAES da Assembléa Legislativa Provincial de S.Paulo, 1860.Reconstituição desde 1835 a 1861. Organizada por Eugenio Egas e Oscar Motta Mello. São Paulo: Soc.Imp. Paulista, 1930.p.726.
      volta

    8. SÃO PAULO (ESTADO). ARQUIVO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO. Obras públicas. Ordem 5155. Contas com importâncias despedidas nas obras do palácio do governo. São Paulo, 31 de dezembro de 1862. Assinadas por Joaquim G. Pinheiro Prado.

      Ibid. Ordem 5156. Sessenta documentos relativos à obra do palácio do governo. De junho a novembro de 1863.

      Ibid. Ofícios diversos da Capital. Ordem 920. Orçamento das obras que serão necessarias no Palacio do Governo ... São Paulo, 26 de novembro de 1860. Assinado por Antônio Bernardo Quartim.
      volta

    9. [RELATÓRIO de presidente da Província de São Paulo, 22 de outubro de 1860.] In: ANNAES da Assembléa Legislativa Provincial de S.Paulo, 1860. p.76 e 77.
      volta

    10. Ibid.
      volta

    11. SÃO PAULO (ESTADO). ARQUIVO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO. Ofícios diversos da Capital. Ordem 916. Vários documentos enviados por Porfírio de Lima ao presidente da Província em 1861 relativos a obras no palácio do governo, concluídas em julho desse ano.

      Ibid.Ofícios diversos da Capital. Ordem 919. Francisco Gonçalves Gomide solicita ao presidente da Província pagamento de despesas com o retelhamento do palácio do governo e com compra de tijolos para a obra. São Paulo, 15 de novembro de 1862.
      volta

    12. [ATAS da Câmara Municipal de São Paulo, 1873.] p.187 a 190 e 191.
      volta

    13. [ANAIS da Assembleia Legislativa Provincial de São Paulo, 1874.] p.45 e 47.
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    14. [ATAS da Câmara Municipal de São Paulo, 1874.] p.26 e 27.
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    15. [ATAS da Câmara Municipal de São Paulo, 1873.] p.187 e 190.
      volta

    16. Ibid., p.188 (cláusula 5ª).
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    17. VASCONCELLOS, Lins de e GUIMARÃES, Arthur. O Capitão Quartim ou o popular A.B.Q., em scena. A Provincia de São Paulo. São Paulo, 25 de março de 1875. p.2.
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    18. [ANAIS da Assembleia Provincial de São Paulo, 1875.] p.83.
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    19. Ibid., p.300.
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    20. Ibid., p.201 e 202.
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    21. Ibid.
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    22. [RELATORIO de presidente da Província de São Paulo, 27 de junho de 1875.] p.8 e 9.
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    23. [ANAIS da Assembleia Legislativa Provincial de São Paulo, 1875.] p.12 e 26.

      [ATAS da Câmara Municipal de São Paulo, 1876.] p.8.
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    24. [RELATORIO de presidente da Província de São Paulo, 2 de fevereiro de 1876.] p.61.
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    25. Ao contrário do que se propalou há alguns anos, a reforma que modificou os exteriores do Palácio do Tesouro introduzindo nele o estilo neorrenascentista não ocorreu em 1899, mas sim em 1891. Em ofício datado de l° de setembro de 1890 o governo do Estado declarou que o Palácio do Tesouro seria cortado em quatro metros para alargamento da Rua Quinze de Novembro e que as obras correriam pela Intendência da Capital. No APESP acham-se até hoje depositados os desenhos da fachada principal e da fachada lateral do edifício então reformado. Cf.:

      [ATAS da Câmara Municipal de São Paulo, 1890.] p.l9l e 192.

      SÃO PAULO (ESTADO). ARQUIVO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO. Ofícios diversos da Capital. Ordem 4129. Ofício da Intendência Municipal de São Paulo, solicitando o início das obras de corte do edifício, datado de 17 de junho de 1891 e acompanhado de dois desenhos copiados a nanquim sobre papel linho. Esc. 1:100. Embaixo à esquerda, lê-se: “S. Paulo, 6 de Julho de 1891” (nome do desenhista, ilegível); à direita: “S. Paulo, 20 de Junho de 1891”. Assinado por “Arthur Silva, engo Ajudante [da Intendência]”.
      volta

    26. São esses os três documentos iconográficos: uma foto tirada a partir do Largo do Tesouro, onde aparece a fachada do palácio voltada para a Rua da Imperatriz (hoje Quinze de Novembro), durante a intervenção de Trigo de Loureiro (1877), o desenho do frontispício feito por Jules Martin para a planta do engenheiro Fernando de Albuquerque, datada de 1877, e uma foto de Militão Augusto de Azevedo mostrando a Rua da Imperatriz em 1887, em que se vê à direita a fachada do Palácio do Tesouro voltada para essa via. O primeiro registro pertence ao Arquivo de Negativos do DIM (DPH), negativo n. 128 E; o segundo ao acervo do Museu Paulista e o terceiro pode ser visto em:

      SÃO PAULO (ESTADO). ARQUIVO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO. Album comparativo da cidade de São Paulo, 1862-1887. foto n.19.
      volta

    27. Trecho de notícia publicada na imprensa em 22 de novembro de 1876 e recolhida pela Professora Ana Maria de Almeida Camargo. Ver:
      O POLICHINELLO. ed.fac-similar. São Paulo: IMESP/DAESP, 1981. Introdução [p.38].
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    28. MARTINS. São Paulo antigo. p.142.

      Se o edifício acabado impressionou os paulistanos, o mesmo não se pode dizer enquanto estava sendo construído. Ainda em fins de 1875, ao receber a cobertura, nos jornais se afirmava:
        Bandeiras e foguetes annunciaram hontem que esse edificio, ate hoje sem destino certo, estava coberto. Fica assim o informe palacio das verduras, da escola normal, da thesouraria, ou que melhor nome venha a receber de baptismo official, mais resguardado das chuvas e portanto capaz de esperar a cheia dos cofres provinciaes.

        Valha-nos ao menos isso
        . (grifo nosso)

      Pelo texto se depreende que o tratamento arquitetônico, isto é fachadístico, não havia sido realizado àquela altura por Trigo de Loureiro, sem dúvida por falta de recursos. E como chamavam o prédio de “palacio das verduras” é certo que as arcadas não tivessem sido ainda entaipadas. Na verdade as arcadas sobreviveriam até no início de 1877, pois no editorial d’ A Provincia de São Paulo do dia 22 de fevereiro desse ano comentava-se:
        Se a Camara quer respeitar um habito antigo, deve consentir que os vendedores de verduras fiquem nas arcadas do novo thesouro provincial e ás portas das casas fronteiras [...](grifo nosso) Cf.:

      O CASARÃO da rua de Palacio. A Provincia de São Paulo. São Paulo, 31 de dezembro de 1875. p.3.

      OBRAS municipaes. A Provincia de São Paulo, 22 de fevereiro de 1877. Apud: FREHSE, Fraya. O tempo das ruas na São Paulo de fins do Império. São Paulo: Edusp, 2005. p. 185.
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    29. Embora Stevaux tenha dominado por oito anos (1877-1885) a arquitetura provincial erguida na cidade de São Paulo, foi Elias Fausto Pacheco Jordão (1849-1901), superior hierárquico de Stevaux, pois diretor da repartição de Obras Públicas, quem teve precedência sobre o francês com sua Escola do Arouche (1876), devendo por isso ser considerado o verdadeiro introdutor do Ecletismo na arquitetura oficial paulista na segunda metade do século XIX.
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    30. SÃO PAULO (ESTADO). ARQUIVO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO. Ofícios diversos da Capital. Ordem 951. Antônio Bernardo Quartim apresenta orçamento de chalé, organizado pelo engenheiro Trigo de Loureiro. São Paulo, 4 de março de 1874.
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    31. SÃO PAULO (CIDADE). DEPARTAMENTO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO. DIM. Arquivo de Negativos. Negativo n. 1658-CR.
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    32. Com relação ao mirante do Jardim Público, a imprensa da época sempre atribuiu sua criação a Quartim. O Polichinelo, por exemplo, caricaturou-o agarrado à obra e dele disse:
        [...] o homem que concebeu e realisou a vertiginosa idéa do canudo! Cf.:

      O POLICHINELLO, ed. fac-similar. [p.1 do n.º 18 e p.3 do n.º15].
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    33. ILLM. exc. sr. Senador Florencio Carlos de Abreu e Silva. Correio Paulistano. São Paulo, 3 de maio de 1881. p.2. DINIZ (Junius), op. cit., p.58.
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    FONTES PRIMÁRIAS MANUSCRITAS
    • SÃO PAULO (ESTADO). ARQUIVO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO. Obras públicas. Ordem 5155. Contas com importâncias despedidas nas obras do palácio do governo. São Paulo, 31 de dezembro de 1862. Assinadas por Joaquim G. Pinheiro Prado.

    • ______Obras Públicas. Ordem 5156. Sessenta documentos relativos à obra do palácio do governo. De junho a novembro de 1863.

    • ______ Ofícios diversos da Capital. Ordem 920. Orçamento das obras que serão necessarias no Palacio do Governo ... São Paulo, 26 de novembro de 1860. Assinado por Antônio Bernardo Quartim.

    • ______. Ofícios diversos da Capital. Ordem 916. Vários documentos enviados por Porfírio de Lima ao presidente da Província em 1861 relativos a obras no palácio do governo, concluídas em julho desse ano.

    • ______. Ofícios diversos da Capital. Ordem 919. Francisco Gonçalves Gomide solicita ao presidente da Província pagamento de despesas com o retelhamento do palácio do governo e com compra de tijolos para a obra. São Paulo, 15 de novembro de 1862.

    • ______. Ofícios diversos da Capital. Ordem 4129. Ofício da Intendência Municipal de São Paulo, solicitando o início das obras de corte do edifício, datado de 17 de junho de 1891 e acompanhado de dois desenhos copiados a nanquim sobre papel linho. Esc. 1:100.

    • ______. Ofícios diversos da Capital. Ordem 951. Antônio Bernardo Quartim apresenta orçamento de chalé, organizado pelo engenheiro Trigo de Loureiro. São Paulo, 4 de março de 1874.



    FONTES PRIMÁRIAS IMPRESSAS
    • ANNAES da Assembléa Legislativa Provincial de S.Paulo, 1855. Reconstituição desde 1835 a 1861. Organizada por Eugênio Egas e Oscar Motta Mello. São Paulo: Sessão de obras d’”O Estado de S. Paulo”; 1927.

    • ANNAES da Assembléa Legislativa Provincial de S. Paulo, 1858. Reconstituição desde 1835 a 1861. Organizada por Eugênio Egas e Oscar Motta Mello. São Paulo: Sessão de obras d’”O ESTADO DE SÃO PAULO”; Typ. Rio Branco, 1930.

    • ANNAES da Assembléa Legislativa Provincial de S.Paulo, 1860.Reconstituição desde 1835 a 1861. Organizada por Eugênio Egas e Oscar Motta Mello. São Paulo: Soc.Imp. Paulista, 1930.

    • [ANAIS da Assembleia Legislativa Provincial de São Paulo, 1874.]

    • [ANAIS da Assembleia Legislativa Provincial de São Paulo, 1875.]

    • [ATAS da Câmara Municipal de São Paulo, 1873.]

    • [ATAS da Câmara Municipal de São Paulo, 1874.]

    • [ATAS da Câmara Municipal de São Paulo, 1876.]

    • [ATAS da Câmara Municipal de São Paulo, 1890.]

    • OLIVEIRA, Francisco Antonio de. Informe com que qualidade servi no Theatro de S. José. (Anexo n.3). In: [RELATÓRIO de presidente da província de São Paulo, 24 de abril de 1868.]

    • QUARTIM, Antonio Bernardo. Relatorio sobre o Theatro de S. José, 31 de dezembro de 1863. p.[47]-53. In: [DOCUMENTOS que acompanham Relatório de presidente da Província de São Paulo, 2 de fevereiro de 1863].

    • [RELATÓRIO de presidente da Província de São Paulo, 27 de junho de 1875.]

    • [RELATÓRIO de presidente da Província de São Paulo, 2 de fevereiro de 1876.]



    FONTES ICONOGRÁFICAS
    • SÃO PAULO (CIDADE). DEPARTAMENTO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO. DIM. Arquivo de Negativos. Negativos n. 128 E e n. 1658-CR.

    • SÃO PAULO (ESTADO). ARQUIVO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO. Album comparativo da cidade de São Paulo, 1862-1887.

    • O POLICHINELLO. ed.fac-similar. São Paulo: IMESP/DAESP, 1981.



    ARTIGOS EM PERIÓDICOS DE ÉPOCA
    • ILLM. exc. sr. Senador Florencio Carlos de Abreu e Silva. Correio Paulistano. São Paulo, 3 de maio de 1881. p.2.

    • O CASARÃO da rua de Palacio. A Provincia de São Paulo. São Paulo, 31 de dezembro de 1875. p.3.

    • O-Y ao Z, II. Correio Paulistano. São Paulo, 19 de julho de 1854. p.1.

    • VASCONCELLOS, Lins de e GUIMARÃES, Arthur. O Capitão Quartim ou o popular A.B.Q., em scena. A Provincia de São Paulo. São Paulo, 25 de março de 1875. p.2.



    FONTES SECUNDÁRIAS
    • AMARAL, Antônio Barreto do. História dos velhos teatros de São Paulo. São Paulo: Governo do Estado de São Paulo, 1979.

    • DINIZ (Junius). Notas de viagem. São Paulo: Governo do Estado de São Paulo, 1978.

    • FREHSE, Fraya. O tempo das ruas na São Paulo de fins do Império. São Paulo: Edusp, 2005.

    • MARTINS, Antonio E. São Paulo antigo (1554 a 1910). São Paulo: Conselho Estadual de Cultura, 1973.





    Para citação adote:

    CAMPOS, Eudes. Antônio Bernardo Quartim, “arquiteto” ou “engenheiro construtor”?. INFORMATIVO ARQUIVO HISTÓRICO MUNICIPAL, 5 (25/26): jul/out.2009 <http://www.arquivohistorico.sp.gov.br>

     
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