Informativo Arquivo Histórico Municipal - logotipo
 
PMSP/SMC/DPH
São Paulo, maio/junho de 2009
Ano 4 N.24  

Abertura | Biblioteca | CCAD | Estudos e Pesquisas | Intercâmbio | Logradouros | Manuscritos | Ns.anteriores

  • MANUSCRITOS

  • Grande Hotel Metropolitano



    No acervo do Arquivo Histórico Municipal acha-se depositado aquele que talvez seja o mais antigo projeto completo de hotel hoje existente na cidade de São Paulo. Trata-se do Hotel Metropolitano, também chamado Grande Hôtel [sic] Metropolitano, idealizado entre 1893 e 1894 pelo arquiteto alemão Oscar Kleinschmidt para o rico fazendeiro de café e capitalista José Estanislau do Amaral.

    Segundo Raffard (1851-1906), José Estanislau era, em 1890, grande investidor imobiliário da cidade de São Paulo, sobretudo na região de Santa Ifigênia. Por outro lado, descobrimos durante as pesquisas desenvolvidas para nossa tese de doutorado que em 1888 encomendara a construção de um hotel num lote da esquina da Rua São Bento com a da Boa Vista, o Grande Hotel Paulista, cuja construção esteve a cargo do empreiteiro supostamente português José Fernandes Pinto, conforme vimos no texto da Seção Técnica de Estudos e Pesquisas no presente número do Informativo AHM.

    De acordo com os assentamentos camarários, em 1879 fora construído num terreno situado entre a Rua Formosa e a Rua do Paredão (atual Xavier de Toledo), onde hoje se ergue o Edifício Alexander Mackenzie, uma edificação que por meio de antigas fotografias sabemos tratar-se de um atraente chalé, provido de janelas com arcos apontados e telhados ornados com lambrequins. O nome do proprietário do imóvel na época era Mariano José de Medeiros, tendo sido a residência ocupada durante anos por Abílio Aurélio da Silva Marques (1851-1891), importante personagem da colônia portuguesa instalada na cidade, entre outras coisas organizador do Indicador de São Paulo de 1878.

    Com a construção do Viaduto do Chá (1889-1892) nas proximidades, o imóvel foi vendido, e o novo proprietário, José Estanislau do Amaral, filho homônimo de um riquíssimo fazendeiro de café, resolveu encomendar para o lote o projeto de um grande edifício, destinado a armazéns (estabelecimentos comerciais atacadistas e a retalho) e restaurante (1892), de autoria de Kleinschmidt.

    Esse projeto foi a seguir substituído por outro. Entre 1893 e 1894, pretendia-se erguer um grande hotel, de aparência tipicamente francesa, com corpos avançados cobertos por mansardas e torreão com cúpula na esquina da Rua do Paredão, atual Xavier de Toledo, de autoria do mesmo profissional, Oscar Kleinschmidt. Iniciada ao que parece em 1895, a obra permaneceria paralisada durante anos e, quando retomada pelo arquiteto sueco Carlos Ekman (1866-1940) em 1909, foi adaptada para abrigar o Teatro São José, concebido no estilo Wiener Secession. O teatro, por sua vez, acabou demolido em 1924 para a construção do Edifício Alexander Mackenzie (1925-1929), sede da Light and Power, esta última edificação projetada com evidentes linhas classicistas norte-americanas, hoje convertida no Shopping Light.

    Para a aprovação do projeto do hotel pretendido foram apresentadas às autoridades municipais plantas bastante completas, que formam um conjunto de nove pranchas executadas a nanquim sobre papel linho e coloridas com aguada, datadas de 21 de março de 1894 e quase todas em escala 1:100. Duas pranchas a mais sobrevivem, mas, trazem datas anteriores. Uma delas, de 1892, está relacionada provavelmente com o projeto do edificio de armazéns, do qual o proprietário desistira, enquanto a outra, de 1893, já se referia ao projeto de hotel que aqui nos ocupa. O conjunto consta de: planta de alinhamento e nivelamento do terreno (datada de 1892); croquis intitulado Projecto de passagem entre o Grande Hôtel [sic] Metropolitano e o Viaducto do Chá (datado de 18 de maio de 1893); planta do pavimento térreo; planta do pavimento no nível do Viaduto do Chá; plantas do primeiro, do segundo e do terceiro andares; elevações correspondentes à Rua Formosa e à chamada Travessa do Grande Hotel, via pública paralela ao Viaduto do Chá (nome atribuído então, possivelmente, pelo proprietário, gesto que não vingou, confundindo-se ainda com tradicional rua comentada neste Informativo no segmento Logradouros); corte longitudinal; e detalhe de uma das colunas de ferro duplas que, no pavimento térreo, seriam empregadas na sustentação dos pisos de abobadilhas de tijolos da galeria a ser criada no pavimento superior. Colunas de aparência totalmente funcionalista, já que seriam instaladas na parte interna das lojas a serem alugadas pelo hotel. Dado o nível detalhamento do projeto, chegamos a desconfiar a certa altura que o jogo de plantas não nos tivesse chegado completamente íntegro. Deviam ter extraviado a fachada voltada para a Rua do Paredão, o corte transversal e a planta da cobertura, onde estariam localizados os quartos dos empregados, sous les combles, como se dizia naquele tempo usando uma expressão francesa. Mas pela sequência numérica das pranchas que se lê em geral no verso das folhas, temos de admitir que o jogo se encontra de fato completo.

    A leitura dessas plantas é simplesmente fascinante, porque permite termos uma idéia de como se estruturavam os hotéis paulistanos em fins do século XIX, já que sobre os exemplares oitocentistas hoje conhecidos não temos suficientes informações. Na Rua Mauá e na esquina da Avenida Cásper Líbero ainda sobrevivem três velhos hotéis da passagem do século XIX, mas provavelmente já se encontram hoje com os interiores totalmente descaracterizados, além de pertencerem a categorias diferentes. Os hotéis das proximidades da Estação da Luz eram de nível muito inferior ao hotel de luxo que Estanislau do Amaral pretendia erguer na região do Chá, área da cidade que então se expandia a partir da inauguração do viaduto de Júlio Martin.

    Como o hotel seria erguido em terreno de grande declividade, no Vale do Anhangabaú, a projetada edificação teria vários andares. Todo o rés do chão voltado para o lado da Rua Formosa estaria tomado por amplas casas comerciais, compostas por um espaço de exibição de mercadorias e atendimento aos clientes, um mezanino para depósito, um escritório e uma latrina agenciada no fundo do estabelecimento. No meio da longa fachada voltada para o viaduto (81,45 m) estaria situada a entrada do hotel, provida de vestíbulo, elevadores (certamente para bagagens e não para passageiros), grande escadaria de madeira, de acesso para hospedes, à imperial, ou seja, com um lance central no sentido ascendente, simetricamente ladeado por dois lances que partindo do patamar intermediário iam em sentido contrário. Na parte do térreo próxima da Rua do Paredão, que corria em nível situado vários metros acima desse piso, estava alojada a área destinada aos serviços do hotel: espaço para máquinas, depósitos, sanitário dos criados, serviço, cozinha (c. 8,50 m x 9,92 m), devidamente acompanhada de depósitos de carvão e monta-cargas e sala de jantar para criados (8.00 m x 4,86 m), embora por lapso esteja designado em planta que o espaço era para criadas.

    No piso superior, no nível do viaduto, a parte que deitava para a Rua Formosa estava ocupada por um confortável apartamento, com entrada e saída independentes. Composto de sala, quatro quartos amplos e banheiro, tinha a peculiaridade de não dispor de cozinha. Devia estar reservado ao gerente do hotel e sua família ou, talvez, ao próprio proprietário, para quando passasse temporadas na Capital. A porta de entrada desse apartamento dava para uma grande galeria em arcos que se desenvolveria paralela ao viaduto. Por meio dela tinha-se entrada a outras lojas e ao próprio hotel. Contornando o edifício, a galeria continuaria pela fachada da Rua do Paredão, onde daria acesso a um restaurante independente. No fundo do hotel, haveria uma grande cobertura de vidro, resguardando um pátio de serviços localizado no pavimento inferior.

    O primeiro andar estaria destinado ao espaço social do estabelecimento hoteleiro e a alguns quartos. A parte social apresentava as seguintes peças: sala de conversação (8,50 mx 6,50 m), grande sala de jantar (16.60 m x 10,50 m), sala de fumar (5,55m x 6,70 m), sala de leitura (5, 15 m x 6, 70 m), sala particular de jantar(8,80 m x 6,10 m) e ampla sala de jantar para famílias, situada no canto da construção entre a chamada Travessa do Grande Hotel e a Rua do Paredão. Havia ainda vasto salão de dançar (17 m x 10,50 m), com palco para orquestra, saleta e bufete, onde ficariam dispostas as bebidas e as iguarias oferecidas aos convidados durante os bailes festivos. A sala de jantar estava acompanhada da indefectível copa, onde se faziam presentes os monta-cargas, que transportavam as refeições preparadas na cozinha localizada dois pisos abaixo. Devemos notar que a sala particular de jantar e a sala de jantar para famílias eram então usuais em hotéis estrangeiros, sobretudo europeus, e refletiam não só a vontade esnobe de alguns hóspedes de não se misturar aos demais durante as refeições, como a atitude protetora que se tinha para com mulheres e crianças, que deveriam ser poupadas da maciça presença do elemento masculino, de que era formada a maior parte da clientela dos hotéis de então. Havia mesmo na Europa hotéis com entradas especiais reservadas às senhoras. Durante o oitocentismo, as mulheres européias e norte-americanas não eram admitidas desacompanhadas em hotéis, ao menos nos de bom nível, e, mesmo assim, dispunham por vezes de salas de conversação e de jantar separadas, numa atitude de proteção discriminatória que só seria superada no início do século XX. Notemos ainda que os quartos de solteiro eram destinados apenas a hóspedes masculinos desacompanhados, inexistindo nos hotéis daquele tempo quartos destinados a senhoras desacompanhadas.

    Quantos aos quartos dispostos no primeiro andar, observamos que não se tomavam então os devidos cuidados para afastá-los das dependências sociais e assim evitar incômodos aos hóspedes neles alojados. Espalhavam-se simplesmente por todo o andar, muitos ficando próximos dos salões de baile e de jantar. Nesse piso predominariam os quartos de solteiro (17), de tamanho menor (em geral com 4,70 m x 2,60 m), dos quais alguns poderiam eventualmente formar suítes, por possuírem portas de comunicação com outros quartos (desse modo, quatro suítes poderiam ser criadas nesse piso). Havia ainda dois quartos de tamanho médio (5,00 m x 4,80 m aprox.) e apenas um grande (4.80 m x 6,75 m). Reparemos que, na visão de hoje, as instalações sanitárias existentes nesse piso seriam consideradas escandalosamente insuficientes. Um pequeno lavatório comum (em planta não vem consignada nem latrina nem banheira) servia a um grupo de 11 quartos, na ala da Rua Formosa, enquanto dois sanitários com três latrinas cada um deveriam ser partilhados por um grupo de nove quartos na ala da Travessa do Grande Hotel (sem banheiras).

    No segundo andar, havia espaço para 41 quartos de solteiro, 5 médios e 7 grandes, concentrados esses últimos na ala da Rua do Paredão. Um grupo de 30 quartos era servido por uma única banheira e por um sanitário provido de duas latrinas. Outros 25 eram igualmente servidos por uma única banheira e por um sanitário com duas latrinas. Na ala da Rua Formosa era possível formar até cinco suítes mediante a interligação de pequenos cômodos. Na ala da Travessa do Grande Hotel, apenas uma poderia ser formada com dois ou três cômodos de tamanho médio. Mas na ala da Rua do Paredão, todos os quartos grandes aí existentes estavam em comunicação, podendo ser composta uma única suíte ou, então, serem subdivididos em até três suítes menores. O cômodo redondo do torreão não tinha comunicação direta com o corredor, devendo necessariamente formar conjunto com algum quarto vizinho.

    Conforme podemos constatar pelas plantas anexas, todas as acomodações eram secas, isto é, desprovidas de instalações hidráulicas, não havendo nenhum indício de que houvesse ao menos uma pia de água corrente nos cômodos. Talvez ainda estivessem em uso nos quartos os tradicionais urinóis e lavatórios, com a entrega a cada dia de uma jarra de água quente para as abluções matinais.

    No terceiro andar, estariam distribuídos 45 quartos de solteiro, oito médios e cinco grandes. Duas suítes poderiam ser criadas na ala da Formosa, uma na ala da Travessa do Grande Hotel, mais quatro na ala da Rua do Paredão. Um grupo de 30 quartos teria de compartilhar uma banheira e um sanitário com duas privadas. E outro grupo com 26 quartos também seria servido por apenas uma banheira e duas privadas.

    Como a planta da cobertura é inexistente, desconhecemos o número de quartos destinados aos funcionários do hotel, que, conforme a tradição européia, se alojavam habitualmente no sótão. No piso térreo havia um sanitário masculino com três latrinas e três mictórios destinados aos criados, mas não estavam previstas para eles nem banheiras nem chuveiros.

    O aspecto sanitário do estabelecimento hoteleiro é o que mais nos atrai a atenção. Todos os cômodos tinham janelas, mas o número de instalações sanitárias disponíveis nos parece hoje extremamente escasso.

    Procedamos à quantificação. Salvo engano, o hotel dispunha de 131 quartos. Destes, 103 eram individuais (103 leitos); 15, de tamanho médio (com dois leitos por quarto, talvez, ou com uma cama de casal, perfazendo 30 vagas) e 13, quartos grandes, para os quais calculamos arbitrariamente quatro vagas por quarto. No total, o Hotel Metropolitano ofereceria, de acordo com nossos cálculos, por volta de 185 vagas. Como no projeto havia 14 latrinas, isso dá uma latrina para cada 13,2 pessoas. Mesmo se o total de vagas no hotel fosse elevado para o número de 200, haveria ainda uma latrina para 14,2 pessoas, e essa proporção se encaixava perfeitamente dentro do exigido pelo Código Sanitário de 1894, que impunha aos hotéis o mínimo de uma latrina para 20 pessoas, conforme o artigo 133.

    Com relação às banheiras, estavam previstas apenas quatro no estabelecimento. A relação era portanto de uma banheira para cada 46,2 pessoas (185 vagas) ou para 50 pessoas (200 vagas).

    Não deixa de ter interesse realizarmos a confrontação dessas médias atingidas pelo projeto de hotel paulistano com as dos bons hotéis europeus da época. Os ingleses eram então considerados os melhores. Mas a partir dos anos de 1880 começaram a se aproximar do padrão apresentado pelos hotéis norte-americanos, muito exigentes em termos de conforto e higiene. Em Londres, o Westminster Palace, iniciado em 1859, dispunha de 286 quartos, 70 privadas e 14 banheiras, o que dava uma privada para cada grupo de quatro quartos e uma banheira para cada grupo de 20 quartos. No Grande Hotel Metropolitano, estava prevista uma banheira para 32, 7 quartos e uma latrina para 9,3 quartos, o que demonstra grande distanciamento dos tão admirados padrões ingleses. O famoso Savoy, de Londres, erguido entre 1884 e 1889, tinha 400 quartos, e oferecia uma banheira para cada 5,9 quartos! Isso acontecendo num país europeu em que o grosso da população não tomava mais do que um banho semanal, quando muito. Em Paris, só o Ritz, em 1906, atingiria a média norte-americana dos hotéis de luxo, que já apresentavam um banheiro privado por quarto.

    No Brasil, ao que parece, os hábitos de higiene pessoal predominantes na classe alta e média no final do século XIX seguiam padrão semelhante, ou muito próximo, ao dos grandes centros urbanos norte-americanos. A alemã Ina von Binzer (1856-c.1916), entre nós no período de 1881-1884, já reparara, não sem certa censura, que os brasileiros tomavam banho todos os dias. E sob esse aspecto, o Hotel Metropolitano estava muito longe de suprir as necessidades da clientela, mesmo à luz do padrão menos exigente adotado pelos bons hotéis europeus. Disso se conclui que as casas de banhos públicos estabelecidas na cidade deveriam absorver grande parte da demanda dos hóspedes brasileiros.

    Reparamos ainda que o projeto do Hotel Metropolitano não apresentava cocheiras, mas isso ocorria pela simples razão de os visitantes chegarem à cidade invariavelmente de trem. Também notamos que não estava assinalada a presença de lavanderia em suas instalações, sendo que provavelmente seria transferida às humildes lavadeiras de rio ou quem sabe à moderna Lavanderia Paulista, a vapor e segundo o sistema americano, em funcionamento desde 1890 na Rua Barão de Limeira, a tarefa de lavar, passar e engomar as roupas brancas usadas no estabelecimento.

    Por outro lado, perguntamo-nos para que serviam as machinas reunidas num grande compartimento do nível térreo. Seriam máquinas manuais, a vapor ou elétricas, movidas a geradores de corrente contínua? A que fim estariam destinadas? Outra dúvida é quanto ao sistema de iluminação a ser empregado no hotel. Seria a gás ou conforme um sistema misto, que já conciliasse o gás com a luz elétrica? Infelizmente, não temos condições de responder a essas e outras importantes questões.

    Eudes Campos
    Seção de Estudos e Pesquisas




    BIBLIOGRAFIA
    • CAMPOS, Eudes. Arquitetura paulistana sob o Império: aspectos da formação da cultura burguesa em São Paulo. 1997. 4 v. Tese (Doutorado) – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo – USP. V. 4.

    • PEVSNER, Nikolaus. A history of building types. London: Thames and Hudson, 1976.




    Para citação adote:

    CAMPOS, Eudes. Grande Hotel Metropolitano.
    INFORMATIVO ARQUIVO HISTÓRICO MUNICIPAL, 4 (24): maio/jun.2009 <http://www.arquivohistorico.sp.gov.br>

    Serviços: A Seção Técnica de Manuscritos atende de segunda-feira à sábado, das 9 às 17 horas.

     
    EXPEDIENTE

    coordenação
    Liliane Schrank Lehmann

    edição de texto
    Eudes Campos

    estagiário - pesquisa
    Arthur Henrique do Patrocínio

    webdesigner
    Ricardo Mendes

    distribuição
    Maria Sampaio Bonafé (coordenação)
    Elisabete De Lucca e Irene do Carmo Colombo


    Normas Editoriais
    (2007) (formato PDF)

     
    Para receber o Informativo Arquivo Histórico Municipal
    - ou suspender a remessa -,
    envie um e-mail para:
    informativoarquivohistorico@prefeitura.sp.gov.br
     




    Prefeitura da Cidade de São Paulo - 2005-2009 (c)



    DPH


    Cidade de São Paulo


    Gilberto Kassab
    Prefeito da Cidade de São Paulo

    Carlos Augusto Calil
    Secretário de Cultura

    José Roberto Neffa Sadek
    Secretário Adjunto

    Paulo Rodrigues
    Chefe de Gabinete

    Walter Pires
    Departamento do Patrimônio Histórico

    Liliane Schrank Lehmann
    Divisão do Arquivo Histórico Municipal Washington Luís